segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mototaxistas reclamam do uso de capacete

Muitos mototaxistas de São Félix e Cachoeira reclamam da lei que obriga o uso do capacete mesmo dentro das cidades. Alegam que muitos deles são vítimas de assalto devido ao uso do equipamento. Segundo eles, os assaltantes usam do capacete para esconder seus rostos, e assim efetuar o crime sem ser reconhecidos. “Alguns de nossos companheiros foram assaltados e até mortos porque eles e os passageiros estavam usando o capacete”, afirma um deles. Alguns desses profissionais de Cachoeira já fizeram manifestações e protestos em relação a esse assunto. Dirigiram-se até a porta da 32ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), em Cachoeira, uma subdivisão do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Estado da Bahia, porém o movimento não surtiu nenhum efeito. Os profissionais da categoria reclamam uma maior compreensão por parte do Detran, principalmente da coordenadora regional da 32ª Ciretran da Bahia, Rita Guimarães Monteiro. Segundo eles, ela atrapalha e os persegue, pois não permite que deixem de usar o capacete, mesmo dentro da cidade.
Rita Guimarães afirma: “Capacete não é modismo, é proteção, está na lei. Muitas dessas pessoas
não são habilitadas, por isso acham que não devem usar o capacete. Gostaria de ver as certidões de ocorrência desses crimes. O número de crimes dessa natureza é muito pequeno.”
Os mototaxistas dizem que, ao contrário de Cachoeira e São Félix, na cidade de Muritiba o uso de capacete dentro da cidade é proibido. Já a coordenadora da Ciretran diz que isso não existe, pois nenhum comando pode modificar uma lei federal. Segundo o artigo 244 do Código Nacional de Trânsito, o não uso do capacete pelo motociclista e passageiro, é considerado infração, sujeito à multa e suspensão do direito de dirigir. E, enquanto isso o impasse e as reclamações entre os mototaxistas e o Detran continuam nas cidades de Cachoeira e São Félix.


Leomir Santana

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